CINEOP CELEBRA 20 ANOS COM HUMOR FEMININO, HOMENAGEM À ATRIZ MARISA ORTH, A PRESERVAÇÃO COMO ALMA DO CINEMAE AS ESCOLAS COMO LUGARES DE MEMÓRIA
Mostra de Cinema de Ouro Preto acontece entre 25 e 30 de junho na cidade histórica mineira, com programação inteiramente gratuita, exibição de 147 filmes, realização de debates e rodas de conversa e promove encontros estratégicos de discussões de políticas públicas no campo da Preservação, do Cinema e Educação
A CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto celebra duas décadas de trajetória e está consolidada como o único evento do país voltado à preservação, história e educação. A 20ª edição acontece de 25 a 30 de junho, na cidade histórica de Ouro Preto (MG), Patrimônio Cultural da Humanidade, reafirmando seu compromisso com a salvaguarda do patrimônio audiovisual como pilar de memória, cidadania e transformação social.
Com programação gratuita, presencial e online, a CineOP promove uma conexão entre ado, presente e futuro, tendo o cinema brasileiro como eixo de reflexão crítica e fortalecimento democrático. Os espaços que receberão o público em Ouro Preto incluem a Praça Tiradentes, o Centro de Artes e Convenções da UFOP e o Cine-Museu da Inconfidência. No ambiente digital, parte das sessões e atividades poderá ser acompanhada pela plataforma www.cineop.com.br.
Ao completar 20 anos, a CineOP reforça sua importância como espaço de articulação entre cultura, memória e políticas públicas, em um evento que valoriza a diversidade de vozes e olhares do audiovisual brasileiro.
TEMÁTICA HISTÓRICA: O HUMOR DAS MULHERES NO CINEMA BRASILEIRO
Curadores: Cleber Eduardo e Juliana Gusman
A 20ª CineOP propõe uma reflexão sobre o papel do humor no cinema brasileiro a partir da perspectiva das mulheres, destacando suas trajetórias tanto na atuação quanto nos bastidores das produções. Em um campo historicamente dominado por homens, as mulheres enfrentaram diversos desafios para ocupar esse espaço e transformar a linguagem cômica em uma poderosa ferramenta de resistência, subversão de estereótipos e ampliação das possibilidades narrativas. A mostra evidencia a evolução que permitiu às artistas não apenas interpretar, mas também criar suas próprias narrativas cômicas com autonomia e inovação. Para os curadores Cleber Eduardo e Juliana Gusman, o humor feminino é uma expressão criativa que desafia normas de gênero e promove reflexão crítica e transformação social.
HOMENAGEM À ATRIZ MARISA ORTH
Ícone do humor brasileiro, reconhecida pela versatilidade e por personagens que criticam ironicamente as representações femininas no audiovisual. Carreira multifacetada, transita entre o cômico e dramático, televisão, teatro e cinema. Para o curador Cleber Eduardo, Marisa sintetiza a elasticidade e força do humor feminino no audiovisual brasileiro.
TEMÁTICA PRESERVAÇÃO: CRIAR MEMÓRIA
Curadores: José Quental e Vivian Malusá
Na temática da preservação, a 20ª CineOP reafirma seu pioneirismo como espaço de reflexão, articulação e visibilidade para as práticas e os profissionais da preservação audiovisual brasileira. Destaca a urgência de enfrentar os desafios contemporâneos da área, como a adoção de novas tecnologias, o fortalecimento de políticas públicas e a ampliação do o aos acervos. A curadoria enfatiza a pluralidade e a complexidade do campo da preservação, valorizando o trabalho técnico, artístico e político das instituições e agentes que atuam, muitas vezes nos bastidores, para garantir a salvaguarda da memória audiovisual do país. Ao promover a circulação de filmes do ado para novos públicos, a CineOP reforça seu papel como elo entre a história do cinema e os debates atuais sobre identidade, cultura e pertencimento.
PRÊMIO PRESERVAÇÃO – NOVIDADE DA 20ª EDIÇÃO
Como parte das comemorações pelos 20 anos da CineOP, a mostra cria o Prêmio Preservação, voltado a reconhecer iniciativas e trajetórias de destaque na salvaguarda do patrimônio audiovisual brasileiro. Em sua primeira edição, o prêmio será concedido ao professor João Luiz Vieira, referência nacional na área, por sua atuação incansável na formação de profissionais, no fortalecimento de redes colaborativas e na defesa de políticas públicas para a preservação audiovisual. Coordenador do LUPA – Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual, pioneiro na valorização de acervos amadores e regionais, e integrante ativo da Rede Universitária de Acervos Audiovisuais (RUAAv), João Luiz Vieira é homenageado por sua contribuição fundamental à consolidação de uma cultura de preservação no Brasil.
TEMÁTICA EDUCAÇÃO: LUGARES DE MEMÓRIA: ACERVOS E OS
Curadoras: Adriana Fresquet e Clarisse Alvarenga
Na temática da educação, a 20ª CineOP propõe um amplo debate sobre o uso dos acervos audiovisuais como ferramentas pedagógicas e lugares de memória fundamentais para a construção do conhecimento. A mostra destaca a importância dos acervos pessoais, familiares, escolares e de cineastas como fontes vivas para práticas educativas que promovem diversidade, inclusão e múltiplas vozes — especialmente de mulheres, povos indígenas, população negra e LGBTQIA+. Mais do que exibir filmes, a proposta é trabalhá-los em sala de aula com curadoria e metodologias que estimulem a reflexão crítica e o diálogo. A CineOP também reforça a defesa de políticas públicas que garantam o o aos acervos e a efetiva implementação da Lei 13.006/2014, que estabelece a obrigatoriedade da exibição de obras do cinema brasileiro nas escolas.
PRÊMIO CINEMA E EDUCAÇÃO – NOVIDADE DA 20ª EDIÇÃO
Também dentro das homenagens aos 20 anos da CineOP, será concedido o Prêmio Cinema e Educação à socióloga e educadora Maria Angélica Santos, em reconhecimento à sua trajetória marcada pelo compromisso com a formação de uma geração crítica e criativa por meio do cinema nas escolas. Referência nacional na área da alfabetização audiovisual, Maria Angélica coordenou o Programa de Alfabetização Audiovisual da Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, e é membro ativo do GT Cinema-Escola, grupo que atua na formulação de políticas públicas para garantir o o ao cinema no ambiente escolar. Sua atuação inclui ainda a participação em debates fundamentais sobre a implementação da Lei 13.006/2014 e sobre a construção do Plano Nacional de Cinema na Escola, contribuindo de forma decisiva para consolidar o cinema como linguagem e ferramenta pedagógica.
FILMES EM EXIBIÇÃO
Ao longo de seis dias, o público poderá assistir a 144 filmes (30 longas, 1 média e 116 curtas-metragens), produzidos em 10 estados brasileiros (MG, RJ, SP, PE, CE, ES, BA, AM, PR, RN) e 5 países (Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Estados Unidos). As exibições estão organizadas em 12 mostras: Histórica, Competitiva, Contemporânea Longas, Contemporânea Curtas, Educação, Valores, TV UFOP, Preservação, Mostrinha, Cine-Escola, Cine Concerto e Itaú Cultural Play.
A sessão de abertura, no dia 26/6, às 19h30 na Praça Tiradentes, exibe curtas emblemáticos como “A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal” (Carla Camurati), “A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti” (Anna Muylaert) e “A Má Criada” (Sung Sfai). Entre filmes programados na Mostra Histórica e Preservação, está “A Mulher de Todos” (Rogério Sganzerla, 1969), em cópia restaurada, com todo seu humor tropicalista e atuação marcante de Helena Ignez.
MOSTRA COMPETITIVA CONTEMPORÂNEA – NOVIDADE DA 20ª EDIÇÃO
Uma das grandes inovações desta edição é a criação da Mostra Competitiva, com uma seleção de cinco longas-metragens que têm em comum o uso criativo de imagens de arquivo – daí a mostra estar intitulada Arquivos em Questão. São obras que ressignificam registros históricos, pessoais e culturais para construir novas narrativas audiovisuais e reafirmam o papel da montagem, da curadoria e da memória na criação cinematográfica.
A proposta é ampliar o debate sobre como o cinema pode reinterpretar o ado com sensibilidade estética, crítica política e inovação formal. A Mostra Competitiva valoriza o trabalho de realizadores que usam o arquivo não apenas como registro, mas como linguagem artística para contar novas possibilidades de história dentro e fora das telas. Um júri composto por Alex Moura, diretor do Museu da Inconfidência, Marcus Mello, pesquisador e programador de cinema (Cinemateca Capitólio), e Sheila Schvarzman, historiadora e professora na Universidade Anhembi Morumbi, vai escolher o filme mais destacado da seleção para receber o Troféu Vila Rica no encerramento do evento.
Entre os cinco filmes programados na competição, dois deles são centrados em figuras históricas do cinema brasileiro: Luís Sérgio Person e Jean-Claude Bernardet, com “Ruminantes”, de Tarsila Araújo e Marcelo Melo; e Jorge Bodanzky por ele mesmo, em parceria com Liliane Maia, em “Um Olhar Inquieto”, ambos documentários nos quais a memória de hoje em relação ao ado estão carregadas de afeto e de informações. Os outros três incluem fenômenos culturais e sobrenaturais, em “Itatira”, de André Luís Garcia; fenômenos sociais, com “Paraíso”, de Ana Rieper; e uma investigação sobre vida e morte em família em “Meu Pai e Eu”, de Thiago Boulin.
MOSTRA CONTEMPORÂNEA – LONGAS E CURTAS
Além da competitiva Arquivos em Questão, a curadoria de longas-metragens de Cleber Eduardo e Rubens Fabricio Anzolin criou a mostra Construindo Memórias, também com filmes contemporâneos que, com ou sem arquivos, contribuem para a promoção da cultura cinematográfica brasileira e com a cultura brasileira de qualquer área. Os filmes “3 Obás de Xangô” (Sérgio Machado), “O Silêncio de Eva” (Elza Cataldo) e “Brasilianas: O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo” (Joel Zito Araújo) promovem reflexões sobre memória, identidade e criatividade a partir de figuras emblemáticas, entre elas Jorge Amado, Dorival Caymmi, Carybé, Eva Nill e a companhia musical Brasilianas.
“3 Obás de Xangô” trata da amizade entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé usando correspondências e arquivos para revelar a essência da baianidade. “O Silêncio de Eva” resgata a trajetória de Eva Nill, atriz do cinema silencioso de Cataguases (MG) nos anos 1920, por meio de fotos, recriações e entrevistas. Por fim, “Brasilianas: O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo” documenta o sucesso internacional de uma companhia musical negra entre os anos 1950 e 1970 usando arquivos e memórias e refletindo representações raciais.
MOSTRA PRESERVAÇÃO
Considerando a importância da CineOP em tratar o cinema como patrimônio, filmes com cópias restauradas têm destaque grande na programação, dentro da Temática Preservação. O recorte chama atenção à importância dos arquivos audiovisuais como repositórios vivos de memória cultural. A curadoria de José Quental e Vivian Malusá buscou enfatizar a memória como patrimônio dinâmico, construído por meio da digitalização, restauração e recontextualização de obras.
A programação homenageia instituições fundamentais para a preservação audiovisual: os 95 anos do estúdio Cinédia, os 50 anos da Cinemateca de Curitiba, os 40 anos do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv) e os 10 anos da Cinemateca Capitólio de Porto Alegre. Entre os destaques, estão o longa restaurado “Alô Alô Carnaval” (1936), de Adhemar Gonzaga e protagonizado por Carmen Miranda; curtas de Annibal Requião (Cinemateca de Curitiba), o curta do projeto “Digitalização Viajante” (CTAv) e “Crônica de um Rio”, de Antônio Carlos Textor (Cinemateca Capitólio). Essas obras, provenientes de acervos históricos, exemplificam a reutilização de arquivos para resgatar contextos e memórias.
A mostra também apresenta uma seleção de obras brasileiras recentemente digitalizadas ou restauradas, inscritas via chamada pública, refletindo o crescimento e a diversidade dos projetos de restauração no Brasil impulsionados por iniciativas como a Lei Paulo Gustavo. Entre os filmes, há os curtas “Na realidade…”, “Eunice, Clarice, Thereza” e “Atenção: Perigo”, além dos longas “O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil” (1971), de Antônio Calmon, que explora o tropicalismo, a crítica ao consumismo e a alienação cultural como alegorias de desconforto social da ditadura militar num tom satírico; e “A Mulher de Todos” (1969), de Rogério Sganzerla, que segue a vida e as escolhas da personagem principal, vivida por Helena Ignez, e a forma como ela desafia as normas sociais da época.
Além destes, a Temática Preservação exibe curtas da cineasta norte-americana Abigail Child, que exploram identidade, gênero e memória por meio de imagens de acervos variados. Como complemento à mostra presencial, uma pequena mostra online composta por três obras inclui dois episódios da série “/lost+found”, concebida pelo preservador Hernani Heffner, com o primeiro dedicado ao ex-diretor da Cinemateca Portuguesa, José Manuel Costa, e o segundo sobre Raquel Hallak, CEO da Universo Produção e idealizadora da CineOP; e o curta “Os Cinemas Estão Fechando”, parte do projeto de restauração das obras de Abrão Berman pelo Museu da Imagem e Som de São Paulo.
MOSTRA EDUCAÇÃO
Com o tema “Lugares de Memória: Acervos e os”, a programação da Mostra Educação destaca a relação inventiva entre audiovisual, educação e memória. Com foco em escolas e suas comunidades, a curadoria, assinada pela Rede Kino, enfatiza experimentações sonoras e imagéticas que recriam memórias individuais e coletivas, conectando arquivos, acervos e práticas pedagógicas. A convocatória aberta recebeu 115 filmes de diversas regiões do Brasil e da América Latina, todos realizados em contextos educacionais com participação de estudantes, educadores e cineastas, com até três minutos de duração.
A curadoria priorizou obras que exploram as escolas e seus territórios como espaços de produção e reflexão sobre memórias. Inspirada pelo tema “Alquimia dos Arquivos”, dos Seminários Latino-Americanos da Rede Kino, a seleção valoriza a tensão entre o arquivo como documento duradouro e a performance efêmera, ligada a gestos, oralidades e sonhos. Filmes que promovem colaboração e protagonismo de estudantes e professores foram destacados, independentemente do gênero ou grau de formalização, evidenciando processos criativos coletivos.
A programação inclui curtas de animação, ficção, documentários, filmes-carta, videoclipes e ensaios experimentais, divididos em duas sessões: uma voltada para infâncias e outra para jovens em diferentes contextos. As obras recriam memórias por meio de fotografias, vídeos, oralidades e ancestralidades e tratam de temas desde emoções pessoais até a construção dinâmica da história das instituições escolares.
MOSTRINHA E SESSÕES CINE-ESCOLA
A Mostrinha encanta crianças e famílias o filme “A Mensagem de Jequi” (2024), de Igor Amin, longa-metragem do Minas Gerais que narra as aventuras de um menino quilombola pelos rios de sua imaginação. A Sessão Cine-Escola, um programa educativo gratuito da 20ª CineOP, destinado a escolas de Ouro Preto, reúne sessões de curtas-metragens para diferentes faixas etárias entre 25 e 30 de junho de 2025. Além dos filmes, inclui debates e material pedagógico para uso em sala de aula.
DEBATES, RODAS DE CONVERSA E ENCONTROS ESTRATÉGICOS
A CineOP realiza dois encontros de grande importância para o setor audiovisual – 20º Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros e do Encontro da Educação: XVII Fórum da Rede Kino. Ambossão espaços estratégicos para articulação de políticas públicas, definição de ações para o setor e promoção do cinema como ferramenta de transformação social e reafirmam a missão da CineOP de ser mais que um festival de cinema: um espaço de memória, formação, articulação de políticas públicas, troca de experiências e formulação de diretrizes para o setor e transformação para o audiovisual brasileiro.
Mais de 137 profissionais e convidados estarão no centro de 34 debates e rodas de conversa, reunindo especialistas nacionais e internacionais para discutir os eixos temáticos desta edição.
O debate inaugural “Preservação: a Alma do Audiovisual Brasileiro” abre os trabalhos em 27/6 reafirmando o compromisso da mostra com a luta pela salvaguarda do patrimônio audiovisual nacional. A atividade propõe uma reflexão profunda sobre o papel da preservação na construção da memória coletiva do país, reconhecendo o audiovisual como espelho da identidade, da história e dos desejos do povo brasileiro. A mesa prevê participação de Durval Ângelo, conselheiro-presidente do Tribunal de Contas de Minas Gerais; Jandira Feghali, deputada federal; Joelma Gonzaga, Secretária Nacional do Audiovisual; Luciano Campos da Silva, reitor da UFOP; Paulo Alcoforado, diretor da Ancine; Cesar Callegari, presidente do Conselho Nacional de Educação; e mediação da professora e pesquisadora da UFRB Laura Bezerra.
Na Temática Histórica, a roda de conversa “O Riso das Medusas” (26/6, 11h30) analisa a comicidade feminina no cinema, com presença da diretoras Anna Muylaer e da atriz Marisa Orth. Também terão duas rodas de conversa com diretoras que assinam filmes conectados ao gênero da comédia, espaço até então dominado pelos homens. Nomes como Betse de Paula e Cris D’Amato marcam presença nas conversas.
Na Temática Preservação, a mesa “Políticas Públicas e Proposições para a Preservação Audiovisual” (26/6, 15h30) apresenta os caminhos adotados pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, para garantir a memória e a diversidade do patrimônio audiovisual brasileiro. “A Crise Climática e os Desafios para a Preservação Audiovisual” (28/6, 16h30) vai tratar de conservação frente a eventos extremos e o atual cenário de meio ambiente no mundo. A masterclass internacional com Abigail Child (EUA, 28/6, 14h30) explora o uso de “found footage” em narrativas experimentais, conectando preservação e criação artística.
Na Temática Educação, a mesa “Acervos e Curadorias no Contexto do Programa Nacional de Cinema na Escola” (26/6, 15h30) vai discutir a implementação da Lei 13.006/2014, enquanto o debate “Lugares de Memória: Acervos e Práticas Pedagógicas” (28/6, 11h) explora como filmes de mulheres, indígenas e negros podem enriquecer o currículo escolar.
OFICINAS, ATIVIDADES FORMATIVAS E PRESENÇA INTERNACIONAL
A CineOP oferece 7 oficinas gratuitas: “Atuação para Cinema: Do Roteiro à Cena”, com Alex Carvalho; “Produção Executiva para Cinema e Outras Janelas”, com Camilo Cavalcanti; “Figurino em Cena: Criação e Identidade Visual no Audiovisual”, com Jackson Santos; “Do Nagra às Plataformas Digitais: Processos de Restauração de Áudio do CTAv”, com Alexandre Jardim, Natália Castro e Felipe Barros; “Introdução à Animação”, com Sérgio Arena e Thiago Facina; e “Assistência de Direção: A Prática da Teoria”, com André Srur (SP).
Nas presenças internacionais, diversas masterclasses vão explorar a relação entre arquivos audiovisuais. Com foco na preservação, na curadoria e no impacto cultural do cinema, as cinco sessões reúnem profissionais de Canadá, Portugal, Estados Unidos, Cuba e Chile, conectando experiências globais às discussões sobre memória viva e o aos acervos, tratando do papel dos arquivos na construção de narrativas, identidades e direitos culturais.
LANÇAMENTO DE LIVROS, EXPOSIÇÃO E ATRAÇÕES ARTÍSTICAS
Na 20ª CineOP, o cinema está em conexão com as outras artes e o público pode conferir já na abertura do evento, com a performance audiovisual que vai apresentar os três eixos temáticos – preservação, história e educação.
O Cortejo da Arte (28/6, 11h30) percorre as ruas tricentenárias de Ouro Preto com grupos folclóricos e performances teatrais, celebrando a cultura mineira. A Festa Junina – Arraiá da CineOP (29/6, 18h), no Centro de Convenções, reúne quadrilhas, barraquinhas, comida e bebida. O Sesc Cine Lounge Show anima as noites com shows de músicos mineiros, performances de DJs e intervenções artísticas.
A CineOP abriga ainda lançamentos de livro, no domingo dia 29/6. Serão 20 publicações que aprofundam as relações entre cinema, educação, preservação e memória cultural, vindas de editoras como Universo Produção, Multifoco, Edufba e outras. As obras abrangem catálogos, livretos, livros e e-books, com reflexões teóricas, práticas pedagógicas e cartografias de experiências audiovisuais, tendo o cinema como central na formação de identidades, resistência cultural e educação transformadora. “A Regra do Jogo (ou um Estudo do Éthos) Pedagogia, Documentário e Escola”, de Geraldo Pereira, é um exemplo de abordagem ética e estética do cinema na escola, enxergando-a como um espaço de invenção e reflexão. Já “Memórias e Histórias do Cinema na Bahia”, em dois volumes, reúne pesquisas sobre cineclubes, festivais e produções baianas, similar a “Cineclubismo Fluminense: 95 Anos de História”, de Adriana Souza, que mapeia a trajetória dos cineclubes no Rio de Janeiro. Em termos de práticas diversas de realização, “Ijã Mytyli: Os Manoki e Mỹky em seus Novos Caminhos – Histórias Audiovisuais”, de André Lopes, documenta oficinas de vídeo com comunidades indígenas.
Além disso, uma exposição temática estará no hall de entrada do Centro de Convenções de Ouro Preto, destacando os 20 anos do evento e os conceitos de cada eixo em 2025.
O QUE VOCÊ VAI VER NA PROGRAMAÇÃO ONLINE?
Diversos títulos da 20ª CineOP integrarão a programação online do evento, que vai reunir títulos, alguns exibidos apenas neste formato, na plataforma do evento mostratiradentes.com.br. A seleção inclui títulos da Mostra Preservação, História e Educação e serão disponibilizados para visualização na plataforma cineop.com.br, simultaneamente à realização da programação presencial da Mostra na cidade mineira. Também um recorte especial da Mostra estará disponível na plataforma IC Play, do dia 27 de junho ao dia 13 de julho: https://www.itauculturalplay.com.br/.
Além disso, os debates conceituais e a abertura e encerramento do evento serão disponibilizados na plataforma do evento e no youtube da Universo Produção.
20ª CINEOP – MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO
O EVENTO DA PRESERVAÇÃO, HISTÓRIA E EDUCAÇÃO
Mostra audiovisual pioneira desde sua criação (2006) a enfocar o cinema como patrimônio em intercâmbio com o mundo e reafirma anualmente seu propósito de ser um empreendimento cultural de reflexão e luta pela salvaguarda do rico e vasto patrimônio audiovisual brasileiro. Estrutura sua programação em três temáticas: preservação, história e educação, presta homenagens, realiza exibição de filmes brasileiros e internacionais – longas, médias e curtas – oficinas, debates, seminário, mostrinha de cinema, sessões cine-escola, atrações artísticas e promove anualmente o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros e o Encontro da Educação: Fórum Rede Kino.
SÍNTESE DA PROGRAMAÇÃO
Durante seis dias de evento, o público terá oportunidade de vivenciar um conteúdo inédito, descobrir novas tendências, assistir aos filmes, curtir atrações artísticas, trocar experiências com importantes nomes da cena cultural, do audiovisual, da preservação e da educação, participar do programa de formação e debates temáticos de forma gratuita.
- ABERTURA OFICIAL
- EXIBIÇÃO DE FILMES – LONGAS, MÉDIAS E CURTAS
- PRÉ-ESTREIAS E MOSTRAS TEMÁTICAS
- HOMENAGENS
- MOSTRINHA
- MOSTRA VALORES
- SESSÕES CINE-ESCOLA
- 20o ENCONTRO NACIONAL DE ARQUIVOS E ACERVOS AUDIOVISUAIS BRASILEIROS
- ENCONTRO DA EDUCAÇÃO: XVII FÓRUM DA REDE KINO
- DEBATES, DIÁLOGOS E RODAS DE CONVERSA
- OFICINAS
- MASTERCLASSES INTERNACIONAIS
- PERFORMANCE AUDIOVISUAL
- EXPOSIÇÃO
- LANÇAMENTO DE LIVROS
- CORTEJO DA ARTE
- SHOWS
INFORMAÇÕES
Toda a programação é gratuita e pode ser consultada no site oficial: www.cineop.com.br
Acompanhe também pelas redes sociais:
Instagram: @universoproducao
Facebook: @cineop
YouTube: Universo Produção
Twitter: @universoprod
LinkedIn: universo-produção
SERVIÇO
20ª CINEOP – MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO25 a 30 de junho de 2025
Centro de Artes e Convenções da Ufop
Praça Tiradentes
Cine- Museu da Inconfidência
LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA
Patrocínio Máster: Instituto Cultural Vale
Patrocínio: Itaú, Codemge/Governo de Minas Gerais
Parceria Cultural: Sesc em Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Prefeitura de Ouro Preto e Instituto Universo Cultural
Idealização e realização: Universo Produção
MINISTÉRIO DA CULTURA/GOVERNO FEDERAL/ UNIÃO E RECONSTRUÇÃO
